Acionista da Pernambucanas, em coma há 6 anos é alvo de disputa na Justiça

A empresária Anita Harley, maior acionista da rede varejista Pernambucanas, está em coma há seis anos. A mulher se tornou alvo de uma disputa judicial para a definição de um herdeiro.

De acordo com o programa Fantástico, que divulgou o caso de Anita na edição de domingo (3/7), a fortuna da empresária é avaliada em R$ 2 bilhões. Ela tem 48% das ações da organização.

O embate é entre Cristine Rodrigues, assessora da presidência da rede Pernambucanas, responsável pela saúde da mulher por décadas, e Sônia Aparecida Soares, ex-funcionária de Anita, que morou com ela e alega ser sua esposa. Arthur Miceli, filho biológico de Sônia, também disputa a herança.

Anita entrou em coma em 2016. No entanto, em 1999, ela deixou uma procuração que delegava Cristine como responsável por decisões sobre sua saúde e seu patrimônio, em caso de problemas médicos.

A assessora procurou a Justiça para ter acesso aos recursos. No entanto, o pedido foi negado.

Do outro lado da disputa está Arthur Miceli, filho de Sônia (ex-funcionária de Anita). Ele procurou a Justiça para ser reconhecido como filho socioafetivo de Anita, alegando que foi criado pela empresária.

Os advogados de Miceli afirmaram que Anita pagou por seu parto e pelos estudos. Além disso, a empresária doou a mansão onde morava a Sônia.

Após a apresentação desses fatores à Justiça, foi publicada decisão judicial que reconhece Arthur como filho socioafetivo de Anita. Por isso, atualmente, ele é a única pessoa que responde pela saúde e pelos bens da empresária. Ele tem poder de voto na diretoria da Pernambucanas e é herdeiro universal da fortuna.

Amigos e familiares da mulher alegam, no entanto, que a família Miceli tenta aplicar um golpe. “A família está muito preocupada com essa nomeação”, afirma Gisele Martorelli, advogada da família de Anita.

Em abril deste ano, Cristine Rodrigues abriu um processo de reconhecimento de união estável com Anita para tentar reverter a situação. O caso segue em análise judicial.

Via Metrópoles

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