#Relembre o caso Yoki: Marcos foi esquartejado por Elize Matsunaga em 2012

Elize e Marcos se conheceram em 2004, por meio de um site de relacionamentos. A mulher era prostituta e Marcos era casado na época, mas mantia um relacionamento extraconjugal com Elize por três anos. Em 2009, ele se divorciou da então esposa e se casou com a amante de longa data. A vida do casal era harmoniosa até metade de 2010, quando Elize desconfiou que estava sendo traída — porém, a gravidez dela, no mesmo ano, fez com que a história fosse momentaneamente esquecida.

Nos anos seguintes, o casal voltou a brigar frequentemente conforme a desconfiança de Elize aumentava cada vez mais. Preocupada em estar sendo traída, a mulher viajou para o Paraná e contratou um detetive particular para espionar o marido. Rapidamente, ela descobriu que Marcos jantou com a amante em um restaurante luxuoso em São Paulo e passou a noite com ela no hotel Mercure, na Vila Olímpia. Ao descobrir sobre o encontro, ela voltou para casa em 19 de maio de 2012, no dia em que o crime chocante ocorreria.

 

O CRIME DE ELIZE MATSUNAGA

De volta a São Paulo, Elize, a filha do casal — que tinha 1 ano na época — e a babá da criança foram buscadas no aeroporto. Ao chegar em casa, a profissional foi dispensada e o casal iniciou uma briga quando Elize questionou Marcos sobre a traição, afirmando que não aceitaria esse tipo de comportamento.

Com a abordagem da esposa, o empresário se enfureceu, a xingou e lhe deu um tapa no rosto. Além dos xingamentos ofensivos e de ironizar o passado de Elize, Marcos ameaçou tirar a guarda da filha e sumir com a criança. Enquanto o homem proferia tais palavras, ela notou que ele estava perto de uma arma de fogo — já que ambos tinham posse liberada — e, temendo que Marcos a usasse, ela pegou outra e apontou para ele. Segundo o seu depoimento à polícia, era apenas para intimidar Marcos.

Apesar de Elize estar armada, Marcos não se conteve e continuou com as ofensas. A mulher, então, fez um disparo que atingiu a cabeça do marido, que morreu na mesma hora. Ao perceber o falecimento, ela usou seus conhecimentos do curso de técnico de enfermagem que fez anteriormente e esperou o sangue coagular para esquartejá-lo e desaparecer com os vestígios do corpo.

Após cortar o homem morto em seis partes (cabeça, braços, tórax, pernas), Elize colocou os membros removidos em diferentes sacos de lixo e colocou em três malas de viagem, para que pudesse sair do prédio sem receber questionamentos sobre o conteúdo dentro das sacolas. Por fim, ela abandonou o corpo esquartejado de Marcos em uma rodovia localizada em Cotia, em São Paulo.

 

DESCOBERTA DO CRIME

O corpo foi encontrado quatro dias depois, em 23 de maio de 2012, e foi encaminhado para as investigações pelo Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP). Em 4 de junho de 2012, identificaram que a vítima era o famoso empresário Marcos Kitano Matsunaga, que estava desaparecido há dias.

Durante as investigações, as autoridades tiveram acesso aos vídeos gravados pela câmera de segurança do prédio em que Marcos e Elize Matsunaga moravam e, assim, ela se tornou a principal suspeita do assassinato e confessou ter realizado a ação. No mesmo dia, a prisão da mulher foi decretada e ela foi condenada pelos crimes de homicídio qualificado e ocultação de cadáver.

 

ATUALMENTE

Em 2021, a Netflix lançou o documentário Elize Matsunaga: Era Uma Vez Um Crime, que conta a história do crime ocorrido em 2012.

Depois de ficar 10 anos presa na penitenciária feminina de Tremembé, no Vale do Paraíba, Elize, 41 anos, está morando em Franca, interior de São Paulo.

Uma decisão judicial a concedeu liberdade condicional no fim de maio deste ano, mas segue com restrições: não ver a filha e nem sair à noite.

 

Reprodução/ Adoro Cinema/ EPTV

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