ONU diz que conflito entre Israel e Hamas corre risco de se espalhar

A reunião de hoje do Conselho de Segurança da ONU revelou a dimensão de uma crise internacional sem precedentes gerada pela guerra entre Israel e o Hamas.

No encontro, os EUA lançaram um alerta ao governo do Irã, Israel se recusou a falar em um cessar-fogo e pediu a demissão da cúpula da ONU, enquanto que o secretário-geral da ONU, António Guterres, alertou que a guerra corre o risco de se espalhar pela região. Para ele, é urgente que um cessar-fogo humanitário seja estabelecido.

A reunião havia sido convocada pelo Brasil, na esperança de debater a crise no Oriente Médio. Mas as potências não conseguem chegar a um acordo sobre como lidar com a situação. Segundo Guterres, a situação é cada vez mais difícil e existe um risco de que a tensão saia do controle.

Mas, para o governo de Israel, não há como falar em cessar-fogo. O discurso de Guterres causou a ira dos israelenses, que cancelaram reuniões com o chefe da ONU e pedem sua demissão.

Em um discurso ao conselho, o chanceler israelense, Eli Cohen, se recusou a falar em um cessar-fogo, criticou a ONU e deixou claro que seu país vai vencer a guerra.

“O que seria a resposta proporcional de matar crianças? Como concordar com cessar-fogo com alguém que quer te destruir? A resposta proporcional é total destruição do Hamas. Não é só nosso direito. Mas nosso dever”
Eli Cohen

“O Ocidente é o próximo. Hoje foi em Israel. Amanhã estarão na porta de todos. O sonho deles (Hamas) é o mundo, igual aos nazistas”, afirmou, apelando para que todos os países considerem o Hamas como terroristas. Para ele, há uma provocação ocorrendo para que outras forças também entrem na guerra.

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